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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Garoto da Casa ao Lado - Meg Cabot


“O que quer que eu diga, afinal? Que foram as 24 horas mais cheias de tesão que jamais tive na vida? Que ela é exatamente o que venho procurando numa mulher todos esses anos, mas nunca ousei pensar que encontraria? Que é minha alma gêmea, meu destino, a metade da minha laranja? Que estou contando os minutos para vê-la novamente? (página 220) 


Ficha do Livro: 

Título: O Garoto da Casa ao Lado
Original: The Boy Next Door
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2002/2008
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Protagonistas: Melissa Fuller e John Trent


Sinopse:

Escrito em forma de mensagens de e-mail, 'O garoto da casa ao lado' revela a história de Melissa Fuller, uma jornalista de celebridades que está prestes a perder o emprego. Numa certa manhã, Mel está 68 minutos atrasada para o trabalho, completando assim seu 37º atraso no ano. Um recorde. O departamento de Recursos Humanos já lhe mandou um memorando oficial sobre o assunto, seu chefe duvida seriamente do seu compromisso com o jornal e, além disso, até sua melhor amiga anda preocupada com seu bem-estar psicológico. Contudo, dessa vez, ela tem uma desculpa de verdade - estava socorrendo Helen Friedlander, sua vizinha de oitenta anos, que entrou em coma após levar um golpe na cabeça, em conseqüência de um misterioso atentado.


Eu peguei esse livro na biblioteca junto com A Rainha da Fofoca, e quando terminei a história da Lizzie, pensei em começar este, mas quando vi que era contado em forma de e-mails para lá e para cá, eu disse para mim mesma: ‘ih, não vai dar certo. Vou deixar aqui, e quando for devolver os outros, devolvo este também.’ 
E então ele ficou na minha estante, e ficou, e ficou... então eu, sem muita vontade de começar nada novo, peguei esse livro para dar uma olhada. E simplesmente não consegui parar de ler. Sério. Mesmo tendo que trabalhar super cedo, fui dormir depois da uma da manhã. Levei o livro para o serviço, e cada vez que tinha uma folguinha, lá estava eu lendo. Cheguei em casa e me tranquei no quarto para ler. E então terminei. 
Adorei o livro! 
Na capa, uma citação da Publishers Weekly diz que é “Para ser lido de uma só vez.” E eu concordo e assino embaixo. Tudo acontece super rápido, e “narrativa” é bem ágil, com e-mails para lá e para cá. Tanto é que o livro nem mesmo é dividido em capítulos. O que me fez perder um pouco a noção de tempo. De repente os personagens falavam que desde tal acontecimento tinham passado meses, e eu: “hã? Tudo isso?”. Mas não de forma ruim. Foi muito legal o modo como Meg trabalhou as diversas formas de linguagem, da modelo gente boa, mas meio boba, dos repórteres, dos pais que usam e-mail pela primeira vez, das crianças... e mesmo o modo de falar de homens e mulheres. 
Na realidade, ainda não decidi se gostei da forma como o livro foi contado. Foi muito interessante ver as coisas pelos olhos e palavras de diferentes personagens, mas mesmo assim, parece que ficou faltando alguma coisa. Eu não queria que me contassem como tinha sido o encontro, eu queria ter estado no encontro. Na realidade em todos eles. Foi isso o que menos gostei, eles contam tudo, mas não mostram nada, e eu gosto que me mostrem. 
Mas ao mesmo tempo, a história foi tão linda, os personagens eram tão carismáticos. Fico realmente feliz de não ter desistido da leitura sem nem mesmo ter começado. 

O livro conta a história de Mel, uma colunista de fofocas do The New York Journal, que mora em Manhattan, e acaba encontrando sua vizinha, que tinha mais de 80 anos, estatelada no chão inconsciente, mas nós só ficamos sabendo disso, porque ela recebe um e-mail reclamando de seu atraso para o serviço. Como sua vizinha está internada, sobrou para ela cuidar dos “pequenos” bichinhos de estimação que a senhora tinha. Mas ela não ia deixar por isso. Resolve contatar o único sobrinho da velha para contar o ocorrido. O problema é que o sobrinho da velha é um tremendo zero-a-zero. Não quer nada com nada, só quer saber de dinheiro, farra e mulheres, não necessariamente nesta ordem. É aí que entra em cena o mocinho, que deve um favor ao Max, que resolve cobrar pedindo que John, o nome do nosso mocinho, se passa por ele para a vizinha e cuide dos animaizinhos. 
John é maravilhoso. O homem perfeito. Sério. O que a Meg pensa? Preciso ler os outros livros dela, se o mocinho sempre é gostoso, atencioso, super fofo e ainda ricaço, e que não tem vergonha dos próprios sentimentos... 
Enfim, John é tudo isso e mais um pouco, se não fosse o fato que está mentindo para Mel, além de trabalhar no jornal concorrente, The New York Chronicles. 
Não vou dizer mais muita coisa para não estragar a leitura. 

Destaques: principalmente quando o John se corresponde com a família. Não importa se é com o Jason, com a Stacy, com suas sobrinhas ou com sua avó, Mim. Todos eles são divertidíssimos, e mostram uma relação familiar muito forte. Estes são outros que eu gostaria de ter conhecido, e não apenas por e-mails. Os conselhos que o Jason e a Stacy dão são fantásticos. E além disso, ficamos sabendo que família problemática que eles tem, pai preso (não deixa o Jason ler isso), tios e/ou primos em clínicas de reabilitação, e por aí vai. Muita gargalhada. Ou seja, cuidado onde você vai ler. Os e-mails dos pais da Mel também são muito divertidos. A mãe dela é muito louca, os conselhos que ela dá... além do mais, ela é preocupada demais com a segurança da filha, é sério, diz para ter cuidado onde anda, porque pode cair o ar condicionado de algum prédio. Oo 

Mais uma vez a melhor amiga da personagem principal é um máximo. Faz tudo por ela, mas também diz tudo o que pensa. Muito legal as fofocas dos artistas, agora extremamente desatualizadas, uma vez que o livro foi escrito em 2002. Fala até de “aquele novinho, como é o nome? Hugh Jackman.” Como assim como é o nome? É o Hugh Jackman!! 

E volto a reforçar que este livro não é juvenil, ou YA, é com certeza chick-lit. Com tudo o que tem direito, sexo, palavrão, insinuações, etc. mais uma vez, não um livro para crianças (o que, diga-se de passagem, eu adorei.) 

Recomendo a leitura, minha nota no skoob só não foi maior pelo tipo de narração. Foi legal? Sim. Mas talvez poderia ter sido intercalado, pelo menos alguns encontros mostrados realmente, ao invés de contado, ou no final, quando eles estão à espreita para solucionar o caso. Hell! Até a briga no escritório com o Aaron eu queria saber mais... ou seja, foi legal os diversos pontos de vista, onde todos comentavam a vida da Mel ou do John, ou do relacionamento deles, mas seria legal conhecer os personagens ao ler as ações, não as descrições depois do que aconteceu. 

PS: Para quem se interessa: encontrei dois sites para o The NY Journal e The NY Chronicles. Mas cheguei a conclusão que a Meg usou jornais fictícios, porque no Journal, é só um blog com críticas culinárias – talvez a Nad escreva para eles. E o Chronicles? Nem sei explicar, me parecia mais sério, mas entrando lá, eles só falam de açaí, dietas e etc... nem sei. Mas dá para fuçar melhor no Google. 

Agora vos deixo com a primeira mensagem que John mandou para o irmão depois de conhecer Mel: 

“Ela é ruiva. 
Socorro.” (pág 72) 

Série Garoto/Boy

1 – O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door) 
2 – Garoto Encontra Garota (Boy Meets Girl) 
3 – Todo Garoto Tem (Every Boy’s Got One) 



Última resenha do Desafio de Férias, do blog Garota It. Foi super legal participar, mas é isso, volta às aulas, e o ano finalmente começa... Quero só ver se vou conseguir manter meu ritmo de leitura. Muito obrigada, Pâm, por esse Desafio super gostoso!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Diários do Vampiro: O Despertar - L.J. Smith

“Como posso me lamentar, se você está aqui?” (página 157) 

Ficha do Livro:


Título: Diários do Vampiro - O Despertar
Original: The Awakening
Autor: L.J. Smith
Editora: Galera Record
Ano: 1991/2009
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Protagonistas: Elena Gilbert e Stefan Salvatore


Sinopse:
Em Fell Church, uma cidade pacata em West Virginia, a garota mais popular da escola Robert E. Lee apaixona-se por um vampiro com quatrocentos anos. Com a ajuda das amigas, Meredith e Bonnie, Elena fará tudo para seduzir Stefan. E Stefan fará tudo para proteger Elena… dele mesmo. O adolescente de olhos verdes, rosto clássico escondem um passado sombrio e uma sede que não consegue controlar. Com ele, arrasta a memória de um amor perdido e um irmão que apenas deseja vingança. Em Florença, no Renascimento, Stefan e Damon Salvatore lutaram pelo amor da mesma mulher. Séculos mais tarde, voltarão a fazê-lo. Diários do Vampiro – O Despertar é a introdução a um triângulo amoroso arrepiante: a história de dois irmãos vampiros que se odeiam e de uma garota que se vê dividida entre os dois. 

O que dizer deste livro? 
Ele não me conquistou. Fazia mais de um ano que estava na pilha de livros a serem lidos, e eu sempre deixando para depois... não me arrependo. 

Eu tenho noção de que Diários foi escrito muito antes da série Twilight. Eu sei disso. Mas não tem como evitar comparações. E Diários perde, na minha opinião. 

Os personagens são fracos, não há um desenvolvimento. Elena é uma chata, é super arrogante, e aquela aura de Queen Bee não serve para mim. E Stefan, nossa, acho que eu esperava muito dele, por ser um vampiro antigo, estrangeiro, lá da Renascença Italiana, sei lá, imaginei talvez mais sexy, mais romântico, mais qualquer coisa! E o Damon, e a história de triângulo amoroso? Onde ele estava? 

Enfim, foi uma decepção. Não posso dizer que o livro é ruim, mas com certeza não foi minha melhor leitura. Faltou profundidade, tanto na história como no desenvolvimento dos personagens. Antes de ler a continuação, ou seja, sem saber se vai melhorar ou não (porque sim, eu continuarei lendo), eu fico com Twilight. Mesmo tendo vários elementos parecidos. E contrariando o que li em diversas resenhas, eu prefiro Bella (não, ela não é perfeita, longe disso, mas ela é melhor que Elena, e sua atitude). 

Talvez isso seja apenas uma apresentação da história. Talvez a história melhore em O Confronto. Vamos ver... Eu tenho esperança que realmente melhore, porque a sinopse é interessante. 

Mas ainda assim estou curiosa para assistir Vampire Diaries, mas pelo que li em alguns comentários, se eu não gosto de spoilers, e melhor ler mais alguns livros da série. 

Série Diários do Vampiro: 

1 – O Despertar (The Awakening) 
2 – O Confronto (The Struggle) 
3 – A Fúria (The Fury) 
4 – Reunião Sombria (Dark Reunion) 

Série Diários do Vampiro: O Retorno:

5 – Anoitecer (Nightfall) 
6 – Shadow Souls (ainda não publicado no Brasil) 
7 – Midnight (ainda não publicado no exterior) 



Resenha para o Desafio de Férias, do blog Garota It.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Becca Fitzpatrick's Sussurro

"Não se esqueça de que as pessoas mudam, mas o passado, não." (Patch, página 205)


Ficha do Livro:

Título: Sussurro
Original: Hush Hush
Autor: Becca Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Ano: 2009/2010
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Protagonistas: Nora Grey e Patch Cipriano

Sinopse:

Se apaixonar nunca foi tão fácil... ou tão mortal. Para Nora Gray, romance não era parte do plano. Ela nunca se sentiu particularmente atraída por nenhum garoto de sua escola, não importa o quanto sua melhor amiga Vee os empurre para ela. Não até a chegada de Patch.
Com seu sorriso tranquilo e olhos que parecem enxergar dentro dela, Nora é atraída por ele contra seu bom senso. Mas após uma série de acontecimentos aterrorizantes, Nora não sabe em quem confiar. Patch parece estar onde quer que ela esteja, e saber mais que ela do que seus amigos mais íntimos.
Ela não consegue decidir entre cair nos braços dele ou correr e se esconder. E quando tenta encontrar algumas respostas, ela se acha próxima de uma verdade que é bem mais perturbadora do que qualquer coisa que Patch a faça sentir. Pois Nora está bem no meio de uma antiga batalha entre os imortais e aqueles que caíram e, quando se trata de escolher lados, a escolha errada poderá custar sua vida. 


Minha primeira reação ao terminar de ler o livro: AAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!! Em silêncio, é claro, para não acordar a família. Fiquei me perguntando como levei tanto tempo para ler esse livro. 

Nora é uma garota de 16 anos que mora, a maior parte do tempo, sozinha em uma casa de fazenda numa cidade do interior do Maine. Mora sozinha porque a mãe viaja muito a trabalho e o pai foi assassinado no ano anterior. 
Patch é o típico bad boy que estuda na mesma escola, mas que Nora nem sabia o nome até ser obrigada a fazer dupla com ele na aula de biologia, mas especificamente educação sexual. Além do mais ele é muito misterioso. 

Essa é somente uma pequena introdução dos personagens, porque eles são muito mais do que isso. Anyway, conforme os dois vão se encontrando, surgem faíscas, sejam elas de raiva ou de desejo. 
Nesse ponto devo dizer que não gostei da escolha da idade dos personagens, Nora deveria ser no mínimo um pouco mais velho, 18 anos já me faria mais feliz. 
O livro todo tem essa aura de sensualidade, que perde um pouco a graça quando lembramos que Nora tem 16 anos. Exemplo perfeito disso é a cena no motel, que se tornaria ainda mais interessante fosse Nora mais velha. Falando nessa cena, ela é maravilhosa, e o Patch nesse instante é indescritível, principalmente quando ele a deixa tocar na cicatriz. O que foi aquilo?! 
Eu amei o livro, difícil não amar. 

Em minha opinião, o livro tem em especial dois pontos fortes que transformam a leitura em algo mais: 
Drew Doyon - o Modelo de Patch

1 - o Patch. The ultimate bad boy. Que não é realmente mau, ou será que é? Patch é um mistério para Nora, e consequentemente para nós, que só sabemos o que ela sabe. Patch pode ser gentil, assim como ser grosseiro. Perigoso, mas como não se sentir segura perto dele? Enfim, Patch é tão imperfeito que quase chega a ser perfeito. Isso sem falar que ele é super sexy com aqueles sorrisos. E para quem não sabe (é, você que estava morando em uma caverna neste último ano) o modelo que fez a capa de Hush Hush tirou outras fotos, além de gravar um vídeo como Patch. Apaixonante. Nora não tinha a menor chance. 

2 - a narração. Durante o livro todo eu fiquei ansiosa, sobressaltada, apaixonada, indignada. É uma narração super dinâmica que não me deixou largar o livro (na madrugada li até 2 e meia e apaguei a luz, nem 5 minutos depois já tinha acendido a luz para continuar lendo). Os personagens são reais. Vee é aquela amiga que você tem vontade de matar. Nora é desligada, mas em muitos aspectos me identifiquei com ela. A história flui. Ou seja, a autora está de parabéns pela sua evolução, porque, alguém leu os outtakes que ela postou no site? 

O que eu adorei foi a duplicidade de emoções. Como ela podia sentir medo dele e ainda assim confiar nela e se sentir segura perto de Patch? E apesar disso parecer estúpido, não tem como não sentir isso junto com Nora. 


Eu amei. Adorei o final. Inclusive a troca de figurino de Patch. 

E estou super ansiosa por Crescendo. 

Série Hush Hush:

1 - Sussurro (Hush Hush
2 - Crescendo (Crescendo
3 - Silence (publicação prevista para outubro no exterior)



Primeira resenha de fevereiro para o Desafio de Férias, promovido pela Pâm, do Blog Garota It.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Michael Thomas Ford's Jane Austen, a Vampira



Ficha do Livro:

Título: Jane Austen, A Vampira
Original: Jane Bites Back
Autor: Michael Thomas Ford
Editora: Lua de Papel
Ano: 2009/2010
Tipo: livraria
Linha do Tempo: contemporâneo
Protagonistas: Jane (Austen) Fairfax e Walter Fletcher


Sinopse:
Segundo este livro, a autora de Orgulho e Preconceito e outros clássicos do século XVIII não morreu, mas vive hoje numa cidadezinha no interior do estado de Nova York. Dona de uma livraria, vive frustrada por não receber os direitos autorais e ter o reconhecimento de suas obras de sucesso. Em Jane Austen – A vampira, ela mudou o nome para Fairfax e sobrevive há 233 anos, porque foi mordida por um vampiro, quando se tornou imortal. Entre romances com o Lord Byron, que também é um vampiro, e tentativas frustradas de publicar um novo livro, Jane Austen, ou melhor, dizendo, Jane Fairfax, envolve o leitor em uma divertida viagem ao universo literário, com personagens de outras histórias, de maneira inteligente e divertida!
Não sei exatamente o que dizer desta história. Ela é gostosa e rápida de ler, mas não é nenhuma obra-prima.
Jane Austen é uma vampira, mordida por Lord Byron, mora nos EUA, tem uma livraria no interior do estado de Nova York, e vem tentando publicar um romance inédito há quase 200 anos.

Este livro é divertido de ler, não tem como não torcer por Jane e Walter, o super atensioso carpinteiro/restaurador. Até os personagens secundários de certa forma conquistam, Lucy e Kelly são muito divertidos também.
Mas faltou algo a mais na história. Faltou romance, faltou ação, faltou mistério, faltou drama. É só uma história gostosinha de ler. Não nos emociona nem nos faz pensar nela muito. A ação que fala a sinopse acontece nas últimas páginas do livro.
Além do mais, fica claro que o autor deixou um super gancho para o próximo livro.

Logo que lançou este livro tive vontade de comprá-lo, porque além de amar vampiros, e Jane Austen, a edição deste livro é lindíssima, mas ainda bem que não comprei. O livro é um bom passatempo para as férias, mas tenho outras prioridades na minha lista de compras. Um livro que estou curiosa para ler é Orgulho e Preconceito e Zumbis, que já me disseram que é divertido.

Uma coisa interessante em Jane Bites Back são as inúmeras referências a outros livros baseados nas obras de Jane Austen, ou na própria autora. Agora não verifiquei se todos eles realmente existem.

Série Jane Bites

1 – Jane Austen, A Vampira (Jane Bites Back)
2 – Jane Goes Batty (previsão de publicação no exterior para fevereiro de 2011)




Mais uma resenha para o Desafio de Férias, promovido pela Pâm, do blog Garota It.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Stephenie Meyer's A Breve Segunda Vida de Bree Tanner

“Eu não queria morrer, não queria a dor, mas qual era o propósito? Todos os outros estavam mortos. Diego estava morto havia dias.” (página 176)


Ficha do Livro:

Título: A Breve Segunda Vida de Bree Tanner
Original: The Short Second Life of Bree Tanner
Autor: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Ano: 2010
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Protagonista: Bree Tanner


Sinopse:


Pela primeira vez Stephenie Meyer oferece aos fãs uma nova perspectiva do universo de "Crepúsculo". Na voz de Bree Tanner, uma jovem vampira integrante do violento exército de recém-criados que assola a cidade de Seattle no terceiro volume da série, "Eclipse", somos apresentados ao lado sombrio da saga. Bree vive nas trevas, sedenta por sangue. Não conhece sua verdadeira natureza e não pode confiar nos de sua espécie. Sua breve história acompanha a semana que antecede o confronto definitivo entre os recém-criados e os Cullen - a última semana de sua existência.

Já fazia tempo que este livro estava na minha pilha de leitura, mas não estava com muita vontade de ler. Uma história onde a protagonista foi, de certo modo, a vilã de uma história que eu adoro e que morre no final, não era bem o que eu queria ler. 
Como me arrependo de não ter lido antes. A história é apaixonante, vibrante e mostra o lado mais violento e sombrio dos vampiros. 
Bree é a newborn que morre pelas mãos do Volturi no final de Eclipse (que é meu livro preferido da série). Mas mais do que isso, não sabíamos nada sobre ela. E então não foi grande coisa a morte dela, poucos se importaram com isso ao ler Eclipse. 
Mas conhecer Bree, uma jovem assustada num mundo extremamente hostil do qual não sabe nada, e nem m quem confiar, foi interessantíssimo. Ainda mais porque amo Twilight fanfics, e conhecer e explorar personagens diferentes. 
Bree está assustada, constantemente em alerta, porque o bando com o qual está não é nada amistoso. Além do mais, ela acordou com “super poderes”, como força e velocidade. E ela vê como nós humanos somos babacas e frágeis para eles. Muito bom como isso é retratado quando Bree encontra Bella. 
Adorei ler sobre Bree e Diego, também sobre o Freddy (seria legal ele ter aparecido em BD). E fiquei torcendo, ou melhor, iludidamente pensando que o livro poderia ter um final diferente. Bree e Diego mereciam uma chance, eles tiveram duas péssimas vidas, tanto como humanos como quando vampiros. Mas mesmo assim, o fim, aquelas últimas três linhas, foram singelamente bonitas. Quem disse que não há beleza na tristeza? 

Vale lembrar: vampiros com medo do sol. E a participação do Volturi (se bem que se você já assistiu ao filme, isso não é novidade). 

Destaque: participação especial de Jasper. Adorei ler ele como Major, como guerreiro (Jasper é meu vampiro favorito da série). E fiquei pensando se os tempos de Maria foram assim para ele, mas acho que conseguiam ser muito piores. 


Adorei mesmo. Só gostaria que o final tivesse sido diferente.




Segunda resenha de janeiro para o Desafio de Férias, promovido pela Pâm, do blog Garota It.






domingo, 16 de janeiro de 2011

Meg Cabot's Rainha da Fofoca

“Ele parece alguma coisa jogada de um helicóptero: sabe como é, o cara perfeito para uma garota necessitada em uma ilha deserta.” (pág 305)







Ficha do Livro:

Título: A Rainha da Fofoca
Original: Queen of Babble
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2006/2008
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Protagonistas: Lizzie Nichols e Jean-Luc de Villiers


Sinopse:


Lizzie Nichols tem um problema. Ela não consegue ficar de boca fechada e sempre acaba se metendo em confusão. Mas parece que dessa vez tudo vai dar certo. Assim que pegar o diploma da faculdade, ela poderá embarcar para Londres e curtir as férias ao lado do namorado inglês. Só que as coisas não saem como planejadas. Ela tem uma monografia pela frente, e basta pisar em solo britânico para perceber que o namorado não é exatamente como ela se lembrava...
Agora ela está presa em um país estranho com uma passagem que não pode ser trocada nem ressarcida. Mas nem tudo está perdido. Sua melhor amiga, Shari, está no sul da França, ajudando o namorado, Chaz, na organização de casamentos em um castelo do século XVII. Lizzie não hesita e embarca em um trem a caminho do lindíssimo Château Mirac, propriedade de um amigo de Chaz, que, aliás, é um gato. Mas lá, graças a sua incrível habilidade de não fechar a boca, apronta novamente e precisa descobrir um jeito de provar que pode usar sua boca grande para salvar o dia.



Para muitas adoradoras de romances, mais especificamente de chick-lit, o que direi agora pode soar como blasfêmia, mas nunca tinha lido Meg Cabot e não estava tão interessada em ler. Tinha tentado ler Diário da Princesa, porque adorei o filme, mas não consegui levar a leitura adiante, achei meio infantil e o formato da narração chato demais.
Mas como ninguém me avisa que os livros da Meg não são apenas infanto-juvenis? A biblioteca também tem culpa, pois os livros da Meg estão junto com autores infantis, como por exemplo, Monteiro Lobato.
Enfim, eu AMEI Rainha da Fofoca, fazia tempo que um livro não me divertia tanto assim, eu até tive de cuidar com minhas gargalhadas perto de outras pessoas, que na certa me chamavam de louca.
Adorei a Lizzie. Ela é tão sincera, meio boba e atrapalhada, mas sempre pensando no bem dos outros, e louca por moda, principalmente a vintage. Tudo bem que detestei aquele Andy dela e todas as tolas deculpas que ela inventava para justificar as atitudes dele, até mesmo quando eles estavam transando. Um Andy era um tremendo dum bosta, e Lizzie ficou muito melhor sem ele.
Vestido Lilly Pulitzer dos
anos 60.
Agora, o Luke? Awww... Ele é perfeito. O sonho de 9 entre 10 garotas. Mas vamos combinar, ele é perfeito demais para ser real. Não achei um defeito nele. Se vocês viram um , me avise! Ele foi fofo com ela quando nem a conhecia naquela fatídica viagem de trem, quando Lizzie estava agindo como uma louca psicótica. Prestou atenção em tudo o que ela disse, era carinhoso, atencioso. Resumindo,  Luke foi maravilhoso o livro inteiro (mesmo quando brigou com ela), o que me fez questionar como ela podia ter uma namorada como Dominique.
Adorei a narrativa. Ela é rápida e fluída, e a mente da Lizzie é uma viagem, sua loucura por moda algo totalmente alien para mim, o que fazia ela pensar diferente de outras pessoas. O que resulta em cenas hilárias, tanto em monólogos internos, quanto conversas com outras pessoas. Grande exemplo disso é quando ela encontra aquele vestido Givenchy, quase chorei de rir, principalmente com a reação do Luke.
A melhor amiga dela e seu namorado (Shari e Chaz) são ótimos. É muito legal a relação dela com essa amiga e com Chaz, porque ele não é só o namorado da Shari, ele é amigo da Lizzie, e não podia ser diferente, senão duvido que namoraria a Shari. Cheguei a conclusão que quero uma amiga assim. E a vovó Nichols é uma figura, adorei ela, mesmo sua participação tendo sido pequena, e ela, de certa forma, lembra minha avó.

Agora, um comentário que quero fazer é sobre a classificação do livro. Como assim juvenil? Tudo bem que as coisas são bem mais livres, leves e soltas atualmente, mas se fosse a classificação de um filme, por exemplo, não seria livre, ou pra crianças (onde encontrei essa cópia na biblioteca, ou onde se encontra na livraria).
A Rainha da Fofoca é muito mais um chick-lit do que Young Adult. Porque normalmente em YA, não se encontram palavrões como foda, porra (e por aí vai), não falam de chupadas, trepadas et cetera, nem mostram. Não que isso tenho me ofendido, achei que condisse com o livro, fazia sentindo, combinava. Mas até ler Rainha, não era o que eu esperava de Meg Cabot.
Me surpreendi, e estou muito feliz com isso. Agora estou louca para ler a continuação, além de outros livros da autora.


Série Queen of Babble:

1 - A Rainha da Fofoca (Queen of Babble)
2 - A Rainha da Fofoca em Nova York (Queen of Babble in the Big City)
3 - Queen of Babble Gets Hitched


P.S.: Para quem não conhecia e ficou curiosa como eu sobre os modelitos da Lizzie, encontrei alguns links de algumas roupas vintage da Lilly Pulitzer (todos em inglês):

E existem vários outros... até no eBay se encontra essas roupas. Destas, minhas favoritas são os números 2 e 3.



Primeira resenha do ano para o Desafio de Férias, promovido pela Pâm, do blog Garota It.






Juliana

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Piratas! - Celia Rees

“Tenho uma doença que está além do alcance da medicina; mesmo meu bom amigo Graham não tem cura para ela. Assim que eu chegar em terra, vou querer partir de novo. Meu lar é o navio. Minha pátria é o mar.”

Página 80



Ficha do Livro:

Título: Piratas!: as verdadeiras e memoráveis aventuras de Minerva Sharpe e Nancy Kington, mulheres piratas
Título Original: Pirates!: the true and remarkable adventures of Minerva Sharpe and Nancy Kingston, female pirates
Autora: Celia Rees
Editora: Cia. Das Letras
Ano: 2003/2007
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Histórico
Protagonistas: Nancy e Minerva

Sinopse:

Ambientado no início do século XVIII, a protagonista é a jovem inglesa Nancy, herdeira de uma fazenda de produção de açúcar na Jamaica. Depois da morte do pai, Nancy, que vive em Bristol, é obrigada pelos irmãos a viver na fazenda e lá se torna amiga de uma escrava negra de sua idade, Minerva, a quem salva de ser estuprada pelo cruel capataz da fazenda. Obrigadas a fugir, as duas acabam se integrando à tripulação de um navio pirata, onde passam a viver como "marujas".

A jornada de Nancy e Minerva na pirataria as leva das Antilhas aos Estados Unidos e à África, numa seqüência emocionante de aventuras que incluem saques a navios mercantes, confrontos entre navios-piratas e enfrentamentos com a Marinha inglesa. Todos os aspectos da vida dos piratas são apresentados com cores vivas, e ao lado de Nancy e Minerva o leitor participa de um duelo, sofre os horrores de uma cerimônia de iniciação de novatos e naufraga em alto-mar.

Em meio a tudo isso, Nancy vive um dilema, dividida entre a lealdade à amiga - que a mantém na vida de pirata - e o amor por um jovem oficial da Marinha inglesa, ex-companheiro de infância a quem Nancy devota um amor verdadeiro e que representa valores completamente opostos aos da pirataria. 

Nancy é uma menina inglesa no século XVIII, órfã de mãe. E quando o pai morre é mandada para a fazenda da família na Jamaica. Lá ela faz amizade com Minerva, que tem sua idade mas é uma escrava. Seus irmãos querem casá-la com o brasileiro Bartholomeu, e no mesmo dia que descobre isso, para salvar sua amiga Minerva, ela mata o capataz da fazenda.
Só resta uma coisa para elas fazerem: fugir o mais depressa possível para o mais longe possível.

Com a ajuda de outros escravos da fazenda, Nancy e Minerva chegam num acampamento de escravos fugidos, e são “adotadas” por eles. Mas o perigo ainda estava perto, então surge uma oportunidade única, um navio pirata está fazendo negócios com o grupo de ex-escravos, e as duas garotas mais do que depressa se candidatam a se tornar piratas.

E eis que começa a aventura de duas mulheres piratas.

O livro é muito interessante, contado inteiramente do ponto de vista da Nancy, por vezes sabemos muito pouco do que está acontecendo. Mas a descrição é super detalhada, e a autora perece ter realmente feito uma pesquisa intensiva sobre pirataria.
Achei muito linda a amizade da Nancy com a Minerva. As duas vieram de realidades super diferentes, Nancy uma menina rica da Inglaterra, e Minerva uma pobre escrava que aprendeu que não deve falar de modo algum e que deve adivinhar o que “seus senhores” desejam. E elas se tornam grandes amigas:


“Eu escuto o que você diz, mas não faz nenhuma diferença. Quando você vai? Eu também vou.” Página 149
Uma coisa que achei muito chato foi o papel do romance. Estava esperando mais. Já no começo do livro conhecemos William, que era então o melhor amigo da Nancy. Quando ele aparece novamente, já mais crescido, assim como ela, os dois começam um romance – se é que pode ser chamado assim. Mas então Nancy é mandada para a Jamaica e eles perdem o contato. E ela fica o livro inteiro pensando no William, mas romance que é bom? Nada. E poderia ter sido trabalhado de uma forma tão interessante, por ela ser uma pirata e ele um oficial da Marinha.
O vilão oficial da história é um brasileiro. Algo muito diferente do que eu esperava. É muito raro ler em livros estrangeiros algum personagem brasileiro, e neste o vilão é brasileiro, e fala português, é rico, fazendeiro, e além de ter fazenda na Jamaica, possui uma enorme propriedade em Manaus. Dá para acreditar? Ela nem pegou cidades mais óbvias ou conhecidas como Rio de Janeiro ou Salvador (para época).
Enfim ele é muito mau. Mau mesmo. E ele faz de tudo para ter ela.
Então a história retrata mais a fuga dela desse Bartholomeu, do que um romance com William.
Mas é mais do que isso, mostra o crescimento destes personagens, fala de aventura, coisas novas e amizades, principalmente amizades.
“Aventura e descoberta. Essa era a vida para mim. Não seria esplêndido? Robert não concordava? Ele sacudia a cabeça, e seus olhos tristes e escuros assumiam uma expressão de pena e pesar: uma vida dessas não era para mim. Eu era menina. De qualquer forma, piratas eram homens ateus e estavam todos destinados a ir para o inferno. Era melhor eu ler o Progresso do peregrino. Eu continuava a ler numa atitude desafiadora, levantando meu livro para que ele não pudesse ver meu rosto. Estava vermelha e ameaçava chorar. Até então eu não tinha percebido que ser uma menina seria uma desvantagem tão grave.” Página 22
Enfim, a narração é ótima. O livro é muito bom. Mas eu esperava mais. Teve horas que minha paciência se esgotava, onde parecia mais descrição do navio ou de um ataque do que a história se desenrolando. Ela usou muito tempo para coisas fúteis, e faltou tempo para concluir alguns pontos de melhor forma. O fim é decepcionante, como se ela estivesse deixando uma brecha para fazer uma continuação.

Mas acho que vale a pena ler o livro, se você gosta de personagens femininas fortes, piratas e aventura.

E assim termino com uma citação que achei maravilhosa, da querida Phillys, na página 181:
“Não tema o amanhã antes que hoje tenha terminado”.




Essa resenha foi feita para o Desafio de Férias, promovido pelo blog da Garota It. Já li outros dois, que só estão esperando que eu escreva a resenha.







quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Ladrão de Raios - Rick Riordan


Percy Jackson e os Olimpianos

Ficha do Livro:


Título: O Ladrão de Raios
Original: The Lightning Thief
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Ano: Original: 2005 – Tradução: 2008
Tipo: de Livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Protagonistas: Percy, Grover e Annabeth

 

   
Sinopse:

 
Primeiro volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O ladrão de raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.
 
O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses. (sinopse retirada do site da saraiva)
 
 
Livros da série “Percy Jackson e os Oliampianos”:
  1. O Ladrão de Raios (The Lightning Thief)
  2. O Mar de Monstros (The Sea of Monsters)
  3. A Maldição do Titã (The Titan’s Curse)
  4. A Batalha do Labirinto (The Battle of the Labyrinth)
  5. The Last Olympian (ainda não lançado no Brasil)
 

Eu primeiro tenho que dizer que foi maravilhoso encontrar esse livro (com a capa original e não a de cinema). Como eu já tinha dito, eu AMO fantasia, o sobrenatural, Harry Potter. E desde 2007, ao ler Deathly Hollows, eu estava órfã. É um sentimento que muitos fãs potterianos sentiram ao terminar o último livro da série. Um sentimento do tipo: “E agora? O que eu tenho para esperar, torcer, etc.?” ou, “O que eu vou ler agora?”
 
Então surgiu Twilight (porque eu me recuso a chamar a série de Crepúsculo). E eu devo dizer que me apaixonei, mas mesmo assim, não era a mesma coisa que Harry Potter. Sim, tinha fantasia, sim tinha um mundo escondido e sobrenatural, mas o foco principal da série era romance, e não o mundo.
 

Então eu ouvi falar de Percy Jackson. Ouvi que ele tinha conquistado muitos fãs de HP. Ouvi dizer que era fantasia, que era um livro de crianças, que o filme já estava saindo, e que tinha mitologia. Eu pensei: “Preciso ler”.
 
Fui logo comprar o livro, antes de ver o filme, porque convenhamos, é sempre bom saber a história pelo livro primeiro.
 
Percy me conquistou. O mundo dele me conquistou. Eu amo mitologia, então a maioria das referências fazia muito sentido. Adorei Annabeth, ela me fez lembrar Hermione, e sem ser uma cópia dela.
 
O livro é contado em primeira pessoa, o que o torna incrível, porque você realmente entra na história ao ver pelos olhos do Percy um mundo novo, mas não completamente desconhecido.
 

Percy é um garoto problemático de 12 anos (tem dislexia e déficit de atenção) e que não consegue parar em escola alguma, invariavelmente ele acaba expulso no fim do ano letivo por um motivo ou outro. Mas coisas estranhas sempre aconteceram ao seu redor, coisas que ele nunca conseguiu explicar ou entender. Mas finalmente, depois de quase ser morto, ele descobre porque coisas estranhas acontecem com ele. Percy Jackson é um Semideus. Um Herói. Filho de um Deus com uma mortal. Sim, o mundo da mitologia grega realmente existe.
 
Ele então é levado a um acampamento onde os meio-sangues treinam e aprendem a se defender dos monstros que os perseguem invariavelmente. Lá ele descobre de quem é filho, e acaba sendo enviado em uma missão para recuperar o Raio mestre de Zeus (que tinha sido roubado) e assim evitar uma guerra no Olímpo. Com ele vão Grover, seu melhor amigo e um sátiro, e Annabeth, uma filha de Atena, que está no acampamento desde os 7 anos.
 
Nessa missão eles enfrentam vários monstros conhecidos da mitologia clássica, alguns novos. Conhecem deuses. E os enfrentam.
 
O modo como Rick descreve os deuses é incrível, muito original e divertido. Assim como o porquê do mundo grego antigo estar espalhado nos EUA.
 

Eu recomendo esse livro do tipo: “pare o que está fazendo e vá ler agora”. Se você gosta de mitologia e fantasia não vai se decepcionar. Se você é/foi fã de HP, não vai mais se sentir órfão. A história não é a mesma, as referências também não. Mas não tem como não enxergar um pouco de HP nessa série. Eu me apaixonei.

 
Super recomendado para quem gosta desse mundo. E não, não é um livro de crianças, se bem que crianças podem ler.

 
Nota: 6 – obra prima! Clássico!

 

 

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Pacto de Infidelidade – Carrie Karasyov




Ficha do Livro:



Título: Pacto de Infidelidade
Original: The Infidelity Pact
Autora: Carrie Karasyov
Editora: Essência/Planeta
Ano: Original: 2007 – Tradução: 2008
Tipo: Livraria
Linha do Tempo: Contemporâneo
Personagens: Eliza, Victoria, Leelee e Helen




Sinopse:

Com uma visão inteligente e bem-humorada da mulher contemporânea, Carrie Karasyov cria uma movimentada trama de desejo, traição, inveja e ganância para ser lida em um fôlego só. Victoria, Helen, Eliza e Leelee são ricas, casadas, mães de filhos adoráveis. Não são infelizes, mas nenhuma delas poderia se considerar realizada. Diante disso, elas decidem fazer um pacto de infidelidade. Todas teriam casos durante um ano e só poderiam contar suas histórias umas às outras. Mas, como raramente as coisas são tão simples assim, à medida que o tempo passa, a excitação dos encontros é prejudicada por uma série de conflitos. Elas terão de lidar não apenas com seus dilemas como também com as chantagens de um colunista de jornal que descobre o segredo delas e ameaça revelá-lo a toda a cidade.


Um grupo de amigas que estão insatisfeitas com a vida decidem trair seus maridos no prazo de um ano. Elas moram em Los Angeles, têm filhos, uma vida privilegiada, mas nenhuma está satisfeita.


Vitória é a mais “forte” delas. Formada em Havard em com MBA, depois que teve filhos parou de trabalhar. Na realidade ela é muito masculinizada (não nas aparecias), olha para o sexo, o marido, os filhos, a vida como um homem. É casada com um cafajeste um agente de celebridades que está sempre procurando as pessoas certas para impressionar. O casamento deles é uma fraude, já que não demonstram o mínimo amor, ou mesmo afeição, um pelo outro. Vitória só se aproximou/casou com ele pelo desafio que foi conquistá-lo. É dela a idéia do PACTO.

Eliza é a mais “normal” da quatro. Tem um marido amoroso, dois filhos lindos, uma boa casa, um emprego (é a única das amigas que trabalha). Mas ela sente falta de ser desejada, de ser admirada. Também é a única que não concorda com o PACTO de cara.

Leelee é a mais bobinha. Ela veio de uma família que era bastante rica e influente, mas desde os pais dela, vivem de aparências. Se casou com um “empresário da internet” que lhe prometeu mundos e fundos, mas um dia, simplesmente perderam tudo. Desde então ela culpa o marido por tudo, e faz de tudo para manter as aparências, se associando aos clubes certos, freqüentando os lugares certos e mantendo contatos. Nunca esqueceu sua paixão de adolescência, o vizinho que era muito rico e filho de um senador. Ela acredita que com o PACTO poderia ter um caso com ele.

Helen é a mais difícil e estranha de entender. Ela tem ascendência coreana, foi abandonada e adotada. Está sempre procurando se encontrar, faz yoga, viagens espirituais e o escambau, mas também não é feliz. É casada com um aristocrata inglês mais velho, e como ela mesmo conclui, eles apenas coexistem no mesmo lugar. Ela também tem uma filha, mas não consegue se aproximar dela. Acredita que com o PACTO conseguirá finalmente encontrar seu lugar.

Elas decidem que estão numa crise de meia-idade e resolvem levar o pacto adiante. O maior fofoqueiro da cidade descobre, e começa a chantageá-las.

A história não é bem desenvolvida, se for desenvolvida de alguma forma, não se consegue nem ter noção de quanto tempo passa. E a trama em si gira em torno de um tema que não gosto: traição. As personagens, para dizer o mínimo, são muito chatas e egoístas, isso sem comentar que o desenvolvimento dos personagens é quase inexistente. Ainda não descobri como cheguei ao final do livro.

Ou seja, se você só tiver em mãos um livro já lido (ou uma bula de remédios) e esse daqui, não leia esse.

Não recomendo! O que eu recomendo é ler essa resenha que acabo de descobrir sobre esse livro (mas contém spoilers - mais do que eu coloquei no meu). Agora, se você já leu, ou não pretende ler, leia essa resenha....

Nota: 0


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segunda-feira, 1 de março de 2010

Atração - Barbara Delinsky

Ficha do Livro:

Título: Atração
Original: Having Faith
Autora: Barbara Delinsky
Editora: Harlequin Books
Ano: Original – 1983, Brasileiro – 2008

Sinopse:
O que poder acontecer quando dois adversários se apaixonam?
Faith Barry sabia que ela e Sawyer Bell haviam cometido um grande erro ao passarem uma noite juntos. Ela o considerava um grande amigo desde a faculdade. Além disso, fora contratada para representar uma cliente decidida a se divorciar do marido... que, por sua vez, contratara Sawyer para defendê-lo. Agora, Faith se arrependia por ter cruzado a tênue fronteira entre a amizade e a paixão.Porém, seria impossível negar o quanto sempre tinham se sentido atraídos um pelo outro. Não havia como apagar da memória os momentos compartilhados, e, mesmo que quisesse fugir de Sawyer, Faith ainda precisaria vê-lo no fórum. Sua única opção é enfrentar o problema... e decidir se está pronta para tamanha guinada em sua vida.
Em Atração, Barbara retrata com rara sensibilidade as pequenas ocasiões em que o amor renasce a cada dia, e o modo como ele se revela de formas tão inesperadas. Afinal, às vezes basta um pouco de fé para que os mais profundos desejos se realizem.

O que eu achei...


Primeiro livro que leio dessa autora, e o que me chamou a atenção foi o título, e aquela linha na capa que diz: “O que pode acontecer quando dois adversários se apaixonam?”, então fui ler a sinopse, que falava de amigos que iam para a cama. Pronto, o livro já tinha me ganhado. Amo histórias onde os personagens são amigos (apesar de também adorar histórias amor-e-ódio).

Nesse livro, Faith e Sawyer são advogados especialistas em direito da família, se conheceram na faculdade, onde os dois já eram casados com outras pessoas, se divorciaram dos respectivos cônjuges e continuaram amigos. Um belo dia, Faith recebe em seu escritório uma mulher querendo o divórcio depois de 24 anos de casamento, porque o marido a traiu. Faith diz que é para a mulher pensar bem, e depois do final de semana, se ela continuar querendo o divórcio, ela representaria a mulher. Logo depois que a cliente sai, ela recebe a visita de seu amigo Sawyer, que trabalha no mesmo prédio, e antes que ela consiga comentar do caso dessa mulher, ele já a avisa que o marido tinha o contratado para defendê-lo.

Conversa vai, conversa vem, eles resolvem sair juntos. Acabam bebendo demais, e transam (ou fazem amor, que é como a autora se refere). E é aí que a história realmente começa.

As cenas mais quentes, apesar de não tão explicitas quanto nos livros chamados hots, são bastante quentes. A primeira então é muito linda e romântica, e apesar de estarem embriagados, eles são bem inseguros por causa dos casamentos anteriores.

O problema começa quando acordam juntos, e começam a lembrar do que aconteceu. O maior medo deles é perder a amizade que têm há tantos anos. Mas a atração não os deixa esquecer o que aconteceu.
 

Gostei muito da história, mas seria melhor se não fosse tão enrolada. Poderia ser um pouco mais curta, porque apesar da narração ser bem fluida, e da autora captar muito bem as inseguranças e pensamentos dos personagens – principalmente de Faith – chega uma hora que cansa ler sobre a mesma insegurança tantas vezes. Como não abrir a porta quando a felicidade bate nela?
 

Tem vários momentos românticos, e nesses, não tem como não fazer “ahhhh” quando o Sawyer aparece. Que é exatamente quando você quer bater na Faith por não jogar a cautela para o alto.
 

Não pode julgar o livro pela frase da capa, porque a parte “adversários” aparece muito pouco, isso se você realmente considerar algumas conversas como entre adversários. É muito mais um história sobre como vencer o medo, e se permitir aproveitar o momento, o melhor que a vida te oferecer enquanto durar, como aprender a confiar. E que os amigos são as pessoas mais importantes das nossas vidas.

Trecho:

- Estávamos excitados. Nós nos excitamos. Se tiver um mínimo de honestidade consigo mesma, admitirá.

- Estávamos de porre.

Ele se endireitou muito lentamente. A musculatura do maxilar contraiu-se. Os olhos não abandonavam o rosto dela enquanto dava a volta na mesa.

- O que está fazendo?

- Demonstrando meu argumento.

- O que isso quer dizer?

Ela tentou parecer curiosa em vez de nervosa. Apesar disso, recuou um pouco na cadeira. Ele parecia muito alto, misterioso e imponente no terno azul-marinho e os olhos, muito intensos.

- Acho que temos um problema. Acho que nos deparamos com algo na sexta que se recusa a ir embora.

- Olha, Sawyer, se a história do bebê o deixou preocupado...

- Estou me lixando para isso. – Ele se abaixou, colocando as mãos nos braços da poltrona. – Estou preocupado com outra coisa.
(Capítulo 5, página 136)
E agora? Com o que ele está preocupado?


Nota: 3 (de 5)
Capa Original:
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