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terça-feira, 31 de maio de 2011

A Prisioneira do Castelo - Ruth Langan


Quase não escrevo a resenha. E logo de uma autora que eu AMO. Já decidi que este é um dos meus livros favoritos dela, junto com um de piratas... sim, eu sei que não era esse o livro que estava na minha lista da maratona, mas esse era o primeira da série, e o da maratona o segundo, e apesar de já estar lendo-o, não consegui terminar a tempo.... 


A PRISIONEIRA DO CASTELO – RUTH LANGAN 

“- Não sou tão corajosa assim. Ficará aqui comigo? Não mandará ninguém mais tomar conta de mim? 
- Deseja que eu fique? 
- Sim – ela pediu, segurando a mão de Brice. 
Ele olhou-a desconcertado. Naquele momento moveria céus e terras para dar a marjorie o que ela lhe pedisse. 
- Ficarei junto de você. Durma tranqüila. 
 - A noite toda? 
- A noite toda.” (página 82) 



Ficha do Livro:

Título: A Prisioneira do Castelo
Original: Highland Barbarian
Autor: Ruth Langan
Editora: Nova Cultural
Ano: 1990
Tipo: banca
Linha do Tempo: Histórico
Protagonistas: Marjorie MacAlpin e Brice Campbell

Sinopse:

O Bárbaro das Terras Altas voltou para espalhar o terror numa Escócia já saturada de infindáveis conflitos. Alegando uma questão de honra, arrebatou do altar uma nobre escocesa, fazendo-a prisioneira em seu castelo envolto em brumas.
As batalhas que roubavam a paz de seu povo era uma agoniante realidade para Marjory MacAlpin. Mas agora intrigava-a por que justamente ela fora escolhida como alvo de vingança por aquele homem lendário por sua crueldade. Com que direito ele falava em honra, arrancando-a dos braços do marido? Por que a rainha Mary Stuart aprovava esse ato de vandalismo? 
Eu não sei o que dizer desse livro. Eu amei demais essa leitura. Brice é simplesmente apaixonante. 

Brice seqüestra Marjorie como vingança contra um clã inimigo. Mas ele logo percebe que ela não tem nada a ver com que está difamando seu nome, muito pelo contrário, a mesma pessoa quer destruir os MacAlpin. Deste modo, ele só não a deixa voltar para seu castelo para sua proteção. 

Ele logo se apaixona por ela. E ela por ele. 
O romance foi quase simples. Mas tão lindo e verdadeiro. A história me emocionou. Nada de mentiras, intrigas entre um e outro. Eles eram sinceros. Foi fofo!!!! 

Adorei a Marjorie, e o fato de ser ela a chefe do clã. Uma mulher, yea!!! Ela é forte, sabe o que quer, e não aceita ficar esperando pelo príncipe encantado resgatar ela, ela mesmo se resgata de todos as furadas que cai e perigos que enfrenta. Mesmo quando Brice está apenas alguns passos atrás. E sim, logo que ela é capturada por Brice, e ainda não o conhece, além de sua reputação como Bárbaro das Terras Altas, Marjorie o enfrenta, não se submete, e tenta fugir. Diversas vezes. 

A resenha está curta, e não por falta do que dizer, mas justamente para não dizer demais e estragar o livro, que é uma delícia. 

E já estou lendo a continuação..... 

Série Highlands/MacAlpin

1 – Highland Barbarian – A Prisioneira do Castelo – Brice Campbell e Marjorie MacAlpin 

2 – Highland Heather – Uma Rebelde na Corte – Morgan Grey e Brenna MacAlpin 

3 – Highland Fire – A Prisioneira do Esquecimento – Kieran O’Mara e Megan MacAlpin 

4 – Highland Heart – não publicado na Brasil – Jamie MacDonal e Lindsey Gordon 

5 – The Highlander – Guerreiro Amante – Dillon Campbell e Leonora Waltham 

6 – Highland Heaven – O Inimigo – Shaw Campbell e Merritt Lamont

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Kinley MacGregor's Coração Pirata

“[...] é um desafio. Eu terei seu coração antes que você possua meu corpo.” (pág 61)


Ficha do Livro: 

Título: Coração Pirata
Original: Master of Seduction
Autor: Kinley MacGregor
Editora: Nova Cultural
Ano: 2000/2006
Tipo: de banca
Linha do Tempo: histórico
Protagonistas: Jack Rhys e Lori Dupree


Sinopse:

Jack nunca havia se deparado com um navio que não pudesse abordar ou com uma mulher que não se rendesse aos seus encantos... até se defrontar com Lorelei Dupree, que era tão graciosa quanto atrevida, a ponto de ameaçar levá-lo à justiça.
Lorelei tinha seus motivos para querer acabar com a arrogância de Jack Rhys, o notório pirata de quem seu noivo desejava se vingar. Mas quando Jack escapou à armadilha que ela cuidadosamente lhe preparara, Lorelei viu-se arrebatada pelo irresistível poder de sedução daquele homem. Agora Jack teria de enfrentar o único perigo para o qual não estava preparado, pois embora tivesse conquistado inúmeros corações, ele jamais imaginara encontrar uma mulher capaz de sem o menor esforço, roubar o seu. 

Lori é uma mulher a frente de seu tempo. Tem opinião própria e não tem medo de dividi-la com ninguém. Ela acredita que pode dominar qualquer homem à sua vontade, e até então foi exatamente assim que aconteceu. Um tanto (ou muito) mimada pelo pai. 

Jack é mais conhecido como Terrível Jack Rhys (em inglês, Black Jack), o pirata mais terrível e cruel a singrar os sete mares. Mas não é só isso, as mulheres que já cruzaram seu caminho tem outra coisa a dizer: o homem mais viril que já conheceram. 

E quando Jack e Lori se encontram, voam faíscas para todos os lados (em ambos primeiros encontros). No começo, ela detesta ele, e tudo o que ele representa, ainda mais por ter sido seqüestrada para Jack poder se vingar do noivo dela, que é oficial da marinha. 

Lori não é do tipo donzela indefesa, sua língua é ferina e ela sabe o que quer, como mostra essa cena: 
- Admita, amor... Você me acha irresistível. 
- Acho você irritante, Jack Rhys. Seu camarote deve ser do tamanho de um salão de baile para acomodar você e seu ego. 
Ele explodiu em uma gargalhada, depois declarou: 
- É grande o bastante para acomodar nós três. E a minha cama... (pág 58) 
Além do mais, Lori é neta da famosa pirata Anne Boney, que a ensinou muita coisa, de como manejar uma espada a como lidar com os homens. Para quem não sabe, Anne Boney realmente existiu, e foi uma pirata, que conseguiu escapar da forca por estar grávida. 

Depois de um tempo no navio do pirata, Lori começa a conhecer o verdadeiro Jack, que é atencioso, que se preocupa com a tripulação, que tem um filho que o idolatra. Um pirata que cita Shakespeare e que cuida do bem estar dela. Afinal, ele nunca prometeu amor eterno para ela, foi sincero desde o princípio dizendo que queria levá-la para cama, e fazê-la gritar seu nome. 

Eu amei esse livro. É um dos meus livros de banca favoritos. A história é ótima, cheia de aventura e romance e comédia, com cenas muito engraçadas, além das conversas sagazes entre os personagens. Jack e Lori são apaixonantes, definitivamente não são perfeitos, mas foram feitos um para o outro. 

Coração Pirata é um livro sexy, repleto de inuendos, mas não é hot, o que eu imaginava que seria dado o clima inicial da história, e do desafio que ela propôs a Jack. Mas a leitura não perde em nada, o modo como foi escrito o romance dos dois é lindo, inclusive o final. 

Outra coisa muito legal é como mostram que as coisas nem sempre são o que parecem. Um pirata não é automaticamente mau por ser pirata, e oficiais da marinha não são automaticamente bons por representarem a lei. 

Amei e recomendo. E agora estou correndo atrás do outro livro da série, que infelizmente foi publicado em um Julia Histórico, e que não consigo encontrar nos sebos. 

Ah! E para quem não sabe, Kinley MacGregor é o pseudônimo da autora Sherrilyn Kenyon, conhecida pela sua série Dark-Hunters (que não foi publicada aqui no Brasil ainda). 


Destaques (cuidando para não citar o livro todo): Jack lendo na cabine dele (tive de me conter para não gritar). A cena da Lori pintando Jack com ele desacordado (sem maiores detalhes para não estragar a leitura) eu ri demais com essa cena. E o pedido de casamento, que foi extremamente romântico, mas com o jeito de Jack e Lori. 

Termino dizendo que gostaria de ser raptada por um pirata como Jack e levada para o navio dele. 


Série Sea Wolves

1 – Coração Pirata (Master of Seduction) – Jack Rhys e Lori Dupree 
2 – O Lobo do Mar (A Pirate of Her Own) – Morgan Drake e Serenity James 
3 – Antologia All I Want For Christmas (não publicado no Brasil) – O’Connell e Catherine (esse livro não faz parte da série, é apenas relacionado, como não li, não posso falar o quão importante ele é para a série). 




Mais uma resenha para o Desafio de Férias, promovido pela Pâm, do blog Garota It.




quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Piratas! - Celia Rees

“Tenho uma doença que está além do alcance da medicina; mesmo meu bom amigo Graham não tem cura para ela. Assim que eu chegar em terra, vou querer partir de novo. Meu lar é o navio. Minha pátria é o mar.”

Página 80



Ficha do Livro:

Título: Piratas!: as verdadeiras e memoráveis aventuras de Minerva Sharpe e Nancy Kington, mulheres piratas
Título Original: Pirates!: the true and remarkable adventures of Minerva Sharpe and Nancy Kingston, female pirates
Autora: Celia Rees
Editora: Cia. Das Letras
Ano: 2003/2007
Tipo: livraria
Linha do Tempo: Histórico
Protagonistas: Nancy e Minerva

Sinopse:

Ambientado no início do século XVIII, a protagonista é a jovem inglesa Nancy, herdeira de uma fazenda de produção de açúcar na Jamaica. Depois da morte do pai, Nancy, que vive em Bristol, é obrigada pelos irmãos a viver na fazenda e lá se torna amiga de uma escrava negra de sua idade, Minerva, a quem salva de ser estuprada pelo cruel capataz da fazenda. Obrigadas a fugir, as duas acabam se integrando à tripulação de um navio pirata, onde passam a viver como "marujas".

A jornada de Nancy e Minerva na pirataria as leva das Antilhas aos Estados Unidos e à África, numa seqüência emocionante de aventuras que incluem saques a navios mercantes, confrontos entre navios-piratas e enfrentamentos com a Marinha inglesa. Todos os aspectos da vida dos piratas são apresentados com cores vivas, e ao lado de Nancy e Minerva o leitor participa de um duelo, sofre os horrores de uma cerimônia de iniciação de novatos e naufraga em alto-mar.

Em meio a tudo isso, Nancy vive um dilema, dividida entre a lealdade à amiga - que a mantém na vida de pirata - e o amor por um jovem oficial da Marinha inglesa, ex-companheiro de infância a quem Nancy devota um amor verdadeiro e que representa valores completamente opostos aos da pirataria. 

Nancy é uma menina inglesa no século XVIII, órfã de mãe. E quando o pai morre é mandada para a fazenda da família na Jamaica. Lá ela faz amizade com Minerva, que tem sua idade mas é uma escrava. Seus irmãos querem casá-la com o brasileiro Bartholomeu, e no mesmo dia que descobre isso, para salvar sua amiga Minerva, ela mata o capataz da fazenda.
Só resta uma coisa para elas fazerem: fugir o mais depressa possível para o mais longe possível.

Com a ajuda de outros escravos da fazenda, Nancy e Minerva chegam num acampamento de escravos fugidos, e são “adotadas” por eles. Mas o perigo ainda estava perto, então surge uma oportunidade única, um navio pirata está fazendo negócios com o grupo de ex-escravos, e as duas garotas mais do que depressa se candidatam a se tornar piratas.

E eis que começa a aventura de duas mulheres piratas.

O livro é muito interessante, contado inteiramente do ponto de vista da Nancy, por vezes sabemos muito pouco do que está acontecendo. Mas a descrição é super detalhada, e a autora perece ter realmente feito uma pesquisa intensiva sobre pirataria.
Achei muito linda a amizade da Nancy com a Minerva. As duas vieram de realidades super diferentes, Nancy uma menina rica da Inglaterra, e Minerva uma pobre escrava que aprendeu que não deve falar de modo algum e que deve adivinhar o que “seus senhores” desejam. E elas se tornam grandes amigas:


“Eu escuto o que você diz, mas não faz nenhuma diferença. Quando você vai? Eu também vou.” Página 149
Uma coisa que achei muito chato foi o papel do romance. Estava esperando mais. Já no começo do livro conhecemos William, que era então o melhor amigo da Nancy. Quando ele aparece novamente, já mais crescido, assim como ela, os dois começam um romance – se é que pode ser chamado assim. Mas então Nancy é mandada para a Jamaica e eles perdem o contato. E ela fica o livro inteiro pensando no William, mas romance que é bom? Nada. E poderia ter sido trabalhado de uma forma tão interessante, por ela ser uma pirata e ele um oficial da Marinha.
O vilão oficial da história é um brasileiro. Algo muito diferente do que eu esperava. É muito raro ler em livros estrangeiros algum personagem brasileiro, e neste o vilão é brasileiro, e fala português, é rico, fazendeiro, e além de ter fazenda na Jamaica, possui uma enorme propriedade em Manaus. Dá para acreditar? Ela nem pegou cidades mais óbvias ou conhecidas como Rio de Janeiro ou Salvador (para época).
Enfim ele é muito mau. Mau mesmo. E ele faz de tudo para ter ela.
Então a história retrata mais a fuga dela desse Bartholomeu, do que um romance com William.
Mas é mais do que isso, mostra o crescimento destes personagens, fala de aventura, coisas novas e amizades, principalmente amizades.
“Aventura e descoberta. Essa era a vida para mim. Não seria esplêndido? Robert não concordava? Ele sacudia a cabeça, e seus olhos tristes e escuros assumiam uma expressão de pena e pesar: uma vida dessas não era para mim. Eu era menina. De qualquer forma, piratas eram homens ateus e estavam todos destinados a ir para o inferno. Era melhor eu ler o Progresso do peregrino. Eu continuava a ler numa atitude desafiadora, levantando meu livro para que ele não pudesse ver meu rosto. Estava vermelha e ameaçava chorar. Até então eu não tinha percebido que ser uma menina seria uma desvantagem tão grave.” Página 22
Enfim, a narração é ótima. O livro é muito bom. Mas eu esperava mais. Teve horas que minha paciência se esgotava, onde parecia mais descrição do navio ou de um ataque do que a história se desenrolando. Ela usou muito tempo para coisas fúteis, e faltou tempo para concluir alguns pontos de melhor forma. O fim é decepcionante, como se ela estivesse deixando uma brecha para fazer uma continuação.

Mas acho que vale a pena ler o livro, se você gosta de personagens femininas fortes, piratas e aventura.

E assim termino com uma citação que achei maravilhosa, da querida Phillys, na página 181:
“Não tema o amanhã antes que hoje tenha terminado”.




Essa resenha foi feita para o Desafio de Férias, promovido pelo blog da Garota It. Já li outros dois, que só estão esperando que eu escreva a resenha.







domingo, 26 de setembro de 2010

Maratona de Banca - Agosto (Viagem no Tempo)

Ok... desta vez não dá nem para dizer que deixei para a última hora. Mas infelizmente não consegui terminar o livro a tempo. Vou tentar completar o livro de setembro antes do dia 30...

O tema de agosto era um dos meus favoritos. Eu tenho paixão pela idéia de viagem no tempo, isso me faz sonhar muito... talvez seja por isso que eu faço história... Mas vamos para o livro escolhido...
 A TENTAÇÃO DO GUERREIRO – MARGO MAGUIRE

Ficha do Livro:

Título: Tentação do Guerreiro
Título Original: Temptation of the Warrior
Autor: Margo Maguire
Editora: Nova Cultural
Ano: 2007
Tipo: de banca
Linha do Tempo: Histórico
Protagonistas: Jenny e Merrick



Sinopse:
Nortúmbria, 981

Uma nova terra. Um novo tempo... Um novo amor.

Merrick Mac Lochlainn precisa viajar quase mil anos para o futuro, para descobrir a mágica capaz de proteger seu clã de um grande mal. Porém, ao acordar na Inglaterra do século XIX, ele não se lembra de sua missão, e tampouco reconhece Jenny Keating, a jovem linda e graciosa que afirma ser sua esposa...

Vulnerável e sozinha, e fugindo de um homem cruel, Jenny nunca imaginou que seria salva por um galante cavalheiro, muito menos um guerreiro bonito e charmoso. Atraída pela beleza máscula e pelo jeito misterioso de Merrick, Jenny dá início a uma farsa perigosa e se faz passar por esposa dele. Porém, seus sentimentos nada têm de fictícios, ao contrário, são reais e intensos, até demais... E, juntos, eles terão de combater uma terrível ameaça, que põe em perigo as suas vidas, ao mesmo tempo que têm que lidar  com uma paixão forte demais para resistir...
 
Esse livro me decepcionou.
A capa me chamou muito a atenção. Assim como o tema. Viagens no tempo são puro amor. Mas o livro é complicado de ser lido. Como assim??? É um livro de banca!!!!
Pois é, eu sei, mas mesmo assim, demorei demais para conseguir terminar de ler, e mais tempo ainda para fazer essa resenha.
Parte das complicações do livro se devem, talvez, ao fato de ele ser o segundo de uma série, uma série que eu não sabia que existia até eu começar a lê-lo. Nem no livro, nem no site oficial da autora tem uma lista de livros ou das séries, mas depois eu encontrei o que seria o primeiro. Enfim, acredito que o primeiro (O Destino do Guerreiro) deva explicar melhor essa história.
Eles falam de viagem no tempo. Mas é muito mais que isso. Tem magia, dimensões, bruxos, e uma série de outras coisas envolvidas que dá um nó na mente de quem pega um livro desses sem grandes pretensões.
Merrick viaja ao futuro sabendo que deve encontrar Keating (sem saber exatamente o que isso significa, mas imaginando que seja um homem) para poder encontrar uma pedra que dará poderes ao seu “clã” para vencer uns bruxos do mal que estão invadindo sua ilha. Mas além de vir do passado, ele vem de outra dimensão, onde tudo é muito diferente da nossa. Inclusive a linguagem.
Assim, quando ele fala na sua língua natal, não entendemos o que ele quer dizer. Não há uma tradução de termos diferentes. Não há uma explicação de onde ele veio, porque outra dimensão. Acho que o livro pecou em não explicar bem isso. Mas talvez, tenha sido explicado no primeiro da série (que aqui no Brasil, para variar, foi lançado depois), não sei, ainda não li o outro, e no momento não tenho muita vontade.
Além de ele vir do passado, quando chega aqui, Merrick, ao tentar salvar Jenny de um bando de malfeitores, perde a memória (viagem no tempo com amnésia? os dois são ótimos itens de livros, mas juntos perdem um pouco a graça, já que é muito mais legal ver as diferenças entre os tempos e se o personagem não consegue lembrar de seu tempo...). E ela, para se safar (porque também estava fugindo) acaba dizendo que ele é seu marido e começa aquela farsa básica... mas bem interessante. Jogue no meio um acampamento de ciganos e as coisas ficam bem legais.
Merrick é um personagem forte, e super protetor de Jenny. O que é muito fofo. Quando ele está com amnésia, e fica olhando para ela, pensando em porque não consegue se lembrar de sua tão adorável esposa, é muito fofo. Além de super quente também. As cenas mais hots, são hots. Casados ou não, século XIX ou não. Maravilhosas!
A única coisa que me incomodou é que falta explicação. Não dá para entender tudo que está acontecendo. Quem ele é realmente, com todos aqueles termos alienígenas para nós. Além disso, a leitura foi demorada demais para mim. O livro me cansou. Ele poderia ter sido um pouco mais curto, talvez eu teria aproveitado mais, se tivesse menos enrolação.
Enfim, leiam e me digam o que acharam... quando eu ler o outro, talvez as coisas fiquem melhores...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Maratona de Banca - Março (Histórico)

Meu Amor Selvagem - Elizabeth Lane





Ficha do Livro:


Título: Meu Amor Selvagem
Original: My Lord Savage
Autora: Elizabeth Lane
Editora: Nova Cultural
Coleção: Clássicos Históricos Especial 139
Ano: 2001
Tipo: de Banca
Linha do Tempo: Histórico




Sinopse:

ELE ESTAVA SOZINHO NUMA TERRA ONDE O CHAMAVEM DE “SELVAGEM”...
Cornualha, 1573
 Depois de ter sido levado de sua tribo, Lontra Negra, cacique lenape, jurou que voltaria para seus filhos, sua aldeia, sua vida. Não havia nada de louvável nos domínios dos homens brancos... exceto uma dádiva, uma mulher generosa e corajosa: Rowena, que deu-lhe força e esperança... e despertou sua capacidade de amar.

Rowena Thornhill dividia seu tempo entre os estudos e os deveres familiares, e não sabia nada sobre paixão. Mas quando seu destino cruzou com o do “seu” prisioneiro, Lontra Negra, sua respeitável vida inglesa transformou-se num turbilhão de perigo e desejo.

Lontra Negra foi arrancado de sua aldeia, depois de ver sua esposa ser morta pelos homens brancos, e acordou preso num navio. Ele não sabe o que aconteceu com os filhos e com o resto da tribo, e jurou se libertar e voltar para eles.

Rowena é uma mulher de uns 30 anos, que perdeu a esperança de arrumar um casamento satisfatório, e que vive com o pai excêntrico, antigo professor de universidade, que adora estudar criaturas diferentes. E sua mais nova “criatura” é o selvagem que ele comprou no mercado no vilarejo onde fica o solar onde moram.

Lontra Negra, depois de passar diversas semanas maltratado no navio, e passando fome, ainda é dopado para poder ser transportado até a casa do professor, e trancado no porão, até que o professor consiga “domá-lo” para poder estudá-lo. Rowena não fica nada feliz com o pai, e deixa isso bem claro.

E assim começa a história.

Gostei muito dela, adorei ter escolhido esse livro para a Maratona. Adorei os dois heróis. Ela não é uma donzela indefesa a espera do seu salvador, apesar de morar e obedecer ao pai (na maioria das vezes), e de não esperar por um casamento, ela não é estúpida, tem voz ativa e opinião própria. Logo no começo do livro, podemos ver que ela se sente presa...
Enquanto observava a ave, Rowena foi invadida por uma ansiedade tão poderosa que seus lábios entreabriram-se em silenciosa resposta. As paredes da velha casa pareciam fechar-se a sua volta, sufocando-a como grades de uma prisão. As pregas pesadas da saia e a rígida compressão do espartilho pareciam derrubá-la como o peso de correntes de ferro. Até mesmo sua mente racional, endurecida por uma vida inteira de sensatez, a impelia a seguir o grito de seu coração: arrebentar as amarras da casa, das roupas, da razão, abrir suas asas e voar como o albatroz sobre o oceano, rumo a lugares que ela jamais veria em toda a sua vida: lugares cujos nomes soavam como músicas: China, Zanzibar, Constantinopla, América...
Nesse parágrafo já conseguimos notar como funciona o coração dela, cheio de amarras com as responsabilidades que tem, e que não a deixam ser livre, ou no mínimo quem quer ser.

Lontra Negra não é muito diferente, a autora consegue captar muito bem os sentimentos dele, ao ser aprisionado, ao perder a liberdade que ele tanto preza, sem poder sentir o vento, o sol...
Lontra Negra jazia no buraco fétido e escuro, onde os homens brancos haviam-no jogado. Ensangüentados, os pulsos e os tornozelos torciam-se nas algemas de ferro que o mantinham prisioneiro. Apesar de ter sido sordidamente espancado, de ter as costelas quebradas e os olhos inchados, ele não sentia dor. Estava acima da dor, acima do medo e, até mesmo, acima do sofrimento. A única emoção que lhe restara era a fúria.
Uma fúria capaz de matar qualquer um que estivesse entre ele e a liberdade, inclusive uma mulher. O personagem dele também foi lindamente desenvolvido, porque ele tem muita raiva dos brancos, raiva não sem motivo, mas ao mesmo tempo, nós vemos como ele é inteligente, e também amoroso (quando se lembra dos filhos). O aprendizado dele é rápido. É muito bom ver as coisas por alguém que não conhece nada que para nós seria normal, e comum.

Outra coisa muito interessante nesse livro, Lontra Negra não fala inglês milagrosamente. Ele nunca tinha tido contato com os homens brancos, então a comunicação no começo é muito complicada. E mesmo assim, você consegue sentir a aproximação do casal.

Outra coisa magnífica nesse livro é como foi abordado o tema dos “selvagens”. No começo, pelos olhos do professor, parece que ele é apenas um animal, uma criatura, realmente selvagem, sem condições de aprendizado, apenas de “adestramento”. Mas ao mesmo tempo, graças a Rowena, que questiona a todo o momento o modo de tratamento do prisioneiro, nós o vemos como um homem, de uma cultura diferente, mas um ser humano.

O romance talvez pudesse ter sido melhor desenvolvido, mas não é em nenhum momento fraco. Não é um livro com cenas picantes, então não espere isso. Mas tem muitas emoções, sentimentos bem trabalhados. Tem ação, porque além de estar preso em uma terra distante, tem um vilão a dar as caras na história. Tem drama. Enfim, como disse, adorei o livro. Adorei minha escolha para o mês de março, e estou pronta para o próximo mês!!!!

Recomendo o livro!

Ah! Essa autora tem diversos outros livros onde o personagem é índio, para quem gosta...

Nota: 4 (de 5)

Capa Original: 
Juliana